Dia 2 de abril Dia do Município de SÃO FRANCISCO DE PAULA 

108 anos em 2011

Conhecendo um pouco do Santo que deu nome a Nossa Cidade

DADOS BIOGRÁFICOS DO SANTO.

Nasceu em Paola Itália (Cosenza) no dia 27 de março de 1416, a pedido dos pais que não conseguiam ter um filho, Tiago Martolilla e Vienna di Fuscaldo então pediram a São Francisco de Assis. Foi batizado e lhe deram o nome de Francisco, em sinal de gratidão ao celeste Padroeiro. Transcorrido apenas um mês do seu nascimento adoeceu gravemente no olho esquerdo, mas milagrosamente foi curado por intercessão do mesmo Santo, cuja mãe fez voto de vesti-lo com hábito votivo e de tê-lo por um ano num convento franciscano. Em 1429 foi acompanhado pelos pais a São Marcos Argentano entre os Menores Conventuais para cumprir a promessa e ali realiza os primeiros milagres. No ano seguinte foi em peregrinação a Assis, passou por Roma, e, na volta, pelo eremitério de Monteluco e o Santuário de Loreto, onde renovou o voto de virgindade. Em 1431 se retirou numa gruta, perto de Paula, onde viveu uma vida de penitência e de oração, consolado por êxtases e visões.
Em 1435 acolheu os primeiros discípulos e deu início, entre grande prodígios, à construção do primeiro convento. São Miguel Arcângelo, aparecendo-lhe, lhe entrega o brasão "Charitas": nasceu assim a "Congregação dos Eremitas". De 1444 a 1453 morou em Paterno Calabro (Cosenza), onde fundou, também entre
estrepitosos milagres, o segundo convento. De 1453 a 1464 fundou os conventos de Spezzano Grande e de Corigliano Calabro (Cosenza).
Em 1464 vai a Sicilia, atravessando milagrosamente o Stretto sobre o manto, para construir um convento em Molazzo. Entre 1464 e 1470 aconteceu o seu retorno em Calabria, recebeu um legado do Papa, que ficou maravilhado com Francisco, pela sua vida e pelos seus milagres.
Entre 1471-74 os seus "Eremitas" foram reconhecidos pelo Arcebispo de Cosenza e pelo Papa Sisto IV, que nomeou o Santo Superior Geral vitalício. Previu em (1474-80) a invasão dos Turcos, o assédio de Otranto, e implorou de Deus a libertação.
No ano de 1481, caluniado junto ao Rei de Napolis, acolheu, com suma bondade, os soldados enviados para capturá-lo. O Soberano se retratou. No ano de 1483, o rei Luís XI da França, gravemente enfermo, conseguiu por meio do Papa ter o Santo à sua cabeceira.Francisco passou por Nápolis,
recebido festivamente na Corte; e por Roma (onde foi recebido em audiência privada pelo Papa Sisto IV, que quereria elevá-lo à dignidade sacerdotal; mas o Santo recusou com as lágrimas nos olhos, como expressão da sua profunda humildade). Profetizou a fundação do convento da Trindade
dos Montes em Roma, e em Gênova aquele de Jesus e Maria, hoje "Santuários dos Marinheiros".Entre abril e agosto do mesmo ano, Francisco desembarcou nas terras da França, o rei lhe deu hospedagem no Castelo de Plessis (Tours). Ali aconselhou o monarca a organizar as coisas do Reino e a
dispor-se como bom cristão à morte: Luís XI, depois de tantas insistências para obter a cura, finalmente se resigna e é preparado pelo Santo a uma morte piedosa. Francisco permaneceu na corte da França durante a regência de Ana e o reino de Carlos VIII: com o favor do rei propagou a Ordem na
França, na Itália e na Alemanha (1483-90).
Em 1494, predisse a Luisa de Savoia duquesa de Angoulême (que lhe suplicava a pedir para Deus um filho) que teria a prole desejada: a profecia aconteceu com o nascimento de Francisco I, rei da França em 1515. Tendo subido ao trono Luís XII (1498), Francisco pediu para voltar para a Itália: o rei consentiu, mas depois, aconselhado pela Corte, chamou o Santo, que de Leão, onde tinha chegado, foi obrigado a voltar atrás, afavelmente protegido pelo Soberano e por toda a Corte. Entre o ano de 1498 e 1506 o Santo escreveu muitas vezes a Regra da sua Ordem, introduzindo o voto solene de vida quaresmal cotidiana e perpétua, com a absoluta proibição da carne e de tudo o que deriva da carne, de ovo e de laticínios: obteve a aprovação de Alessandro VI e definitivamente de Júlio II (28-7-1506).
Em 2 de abril de 1507, na hora por ele predita, fechou a sua longa, laboriosa e santa jornada terrena, contando com 91 anos e 6 dias de idade. A Igreja institui regulares Processos canônicos sobre Virtudes e sobre Milagres do Santo, que em 1513 foi declarado Bem-aventurado e em 1° de maio de 1519 foi solenemente
canonizado por Leão X (1). Em 27 de março de 1943 Pio XII o proclamou celeste Patrono da Gente do Mar Italiana e em 2 de junho de 1962 João XXIII o proclamou Patrono principal da Calabria.
O seu culto é difundido no mundo inteiro e se erguem ao seu nome grandiosos templos, invocado como o "Santo da caridade e dos milagres". São Francisco é invocado nas épocas de seca, para que venha chuva e solicitado nas horas de incêndios, inundações e terremotos.
Também é Padroeiro da gente do mar pois muitas vezes acalmou as tempestades e a fúria do mar.
Muitos foram os casais que não conseguiam ter filhos, que ao recorrerem ao Santo receberam a esperada graça. É invocado pelas viúvas para a proteção de seus filhos.
Proteje os viajantes dos assaltos e perigos. Enfim muitas são as graças alcançadas por São Francisco se a ele recorrerem com fé.
São Francisco de Paula morreu numa sexta-feira Santa em 2 de abril de 1507, e em 13 de abril de 1562, os Huguenotes invadiram a igreja conventual de Plessis, como o Santo havia predito.
Retiraram do túmulo o seu corpo - que encontraram ainda intacto, vestido com o seu hábito - e o incendiaram com a madeira dos crucifixos da igreja. Alguns devotos, confundidos entre os huguenotes, conseguiram tirar das chamas uma parte dos ossos, que veio depois distribuída em algumas igrejas da Ordena na Itália, na França e na Espanha. Em Paula, na Capela do Santo, são guardados e venerados, com outras suas Relíquias, importantes fragmentos.

Durante sua vida, São Francisco de Paula realizou diversos milagres. Alguns deles foram: a multiplicação dos pães, a parada de blocos de pedra em precipício, a cura de paralíticos e ressurreição de mortos e a criação da fonte “A Água da Cucchiarella”, na Itália.

Oração a São Francisco de Paula

Ó glorioso São Francisco de Paula que tanto vos aprofundastes na humildade, 

único alicerce de todas as virtudes, alcançando através dela um grande prestígio junto de Deus, 

a tal ponto de jamais lhe terdes pedido graça alguma que prontamente não vos fosse concedida.

Aqui venho aos vossos pés para suplicar-vos.

 Extinga do meu coração todo afeto de soberba e vaidade

 e em seu lugar floresçam os preciosos frutos da humildade para que possa

 Sr. verdadeiro devoto e imitador vosso e merecer

 o grande patrocínio que de vossa eficaz intercessão espero e rogo

 me alcanceis de Deus a graça de que tanto necessito 

não sendo contra a vontade do Altíssimo. 

Amém.